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Cervejarias artesanais no Brasil

Escrito por: Luísa Gusmão, 2021


Olá, cientista!

Uma das bebidas mais antigas existentes é a cerveja, uma descoberta do acaso que atravessou a história e caiu no gosto popular desde cedo. É produzida a partir de água, malte de cevada, lúpulo e levedura, sendo a Saccharomyces cerevisiae o microrganismo mais comumente utilizado. Quem não gosta de uma cervejinha gelada numa sexta-feira à noite? A cerveja passou por diversos processos e países até chegar ao Brasil juntamente com os portugueses na colonização. Sua introdução foi lenta e a produção de cerveja começou pequena, através das famílias em 1830, mas, após 5 anos, o negócio começou a ser levado mais a sério a fim de ser comercializado.

As cervejas artesanais sofreram uma baixa por um tempo devido a chegada do produto industrializado e mais barato, porém têm retornado ao gosto popular com variados estilos e ingredientes. Por conta do aquecimento do mercado para esse produto, os consumidores estão cada vez mais interessados em experimentar os novos sabores que vêm surgindo. As cervejarias brasileiras deram um salto nos últimos doze anos, e têm se fortalecido contra as grandes empresas do ramo. Entretanto, mesmo com esse crescimento, ainda é difícil competir com as multinacionais, porque estas se beneficiam economicamente com isenção de impostos e por conta de sua produção automatizada e em larga escala.

Há duas grandes modalidades de negócio de cervejaria artesanal presentes no Brasil, a cigana e a brewpub, porém elas não são as únicas existentes. A primeira se caracteriza por não possuir fábrica própria, dessa forma as cervejas artesanais são produzidas em outras fábricas se aproveitando da capacidade ociosa destas por meio de terceirização da produção. Nesse caso, pode ser feito um baixo investimento, porque não há gasto com equipamentos, todavia traz consigo desvantagens como, não ter facilidade em encontrar cervejarias dispostas a alugar seu espaço, não possuir controle integral sobre a produção, estar sujeita às variações de qualidade do produtor, e também, o espaço alugado pode não permanecer disponível por muito tempo, o que pode ocasionar interrupção da produção. Já o segundo modelo, são bares que produzem e vendem a própria cerveja local, não oferecendo gastos intermediários com logística e altos custos com envase. Além disso, essa modalidade permite maior experimentação de sabores, pois a bebida é feita em menor escala, no entanto, também apresenta fatores negativos, uma vez que algumas cidades veem o negócio como uma indústria, então o bar deve ficar afastado do centro. A legalização desse tipo de negócio ainda não é clara no Brasil, e assim acontecem diferentes interpretações sobre a empresa, de acordo com a prefeitura e o órgão fiscalizador.

No sul do Brasil é onde se encontra uma maior quantidade de estabelecimentos de cervejaria artesanal, enquanto no Norte estão em menor concentração. É possível observar, entretanto, um grande avanço na região nordeste em relação a distribuição de estabelecimentos, e constatam-se crescimentos notáveis na Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em relação ao perfil de empreendedores, há uma predominância masculina, na faixa de idade de 39 anos e com alta escolaridade.

A produção de cerveja artesanal tem trazido bons resultados para quem investe no ramo e essa área só tende a aumentar. E isso se dá por conta do número crescente dessas cervejarias ao longo dos anos que tem ganhado espaço. É claro que muitos problemas ainda são enfrentados, como os altos preços das cervejas, além da instabilidade econômica, mas sempre há como inovar para economizar e fazer a diferença nesse mercado altamente competitivo.









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