Escrito por: Flávia Oliveira, 2022
Olá, cientista!
O verão atípico que estamos enfrentando está demonstrando que o planeta não vai suportar tantos anos se nós, a raça humana, não tivermos responsabilidade com o modo de vida que escolhemos. Nem é preciso ir muito longe pra evidenciar isso: aqui na Bahia – que já é quente por natureza - as sensações térmicas estão cada vez mais elevadas, além de chuvas intensas - nunca registradas antes - no sul do estado, que acabaram com dezenas de cidades. São tantos os fenômenos naturais decorrentes da ação humana, seja ela direta ou indireta, que estão demonstrando a insuficiência do planeta em resistir ao mau hábito adotado pelas diversas sociedades espalhadas pelo mundo.
É preocupante que ainda seja necessário falar sobre poluição em tom de “SOCORRO!!” e ter que, por exemplo pensar duas ou três vezes antes de tomar um banho de mar ou de cachoeira num calor desse (ou, pelo menos, deveria já que trata intimamente da saúde). Pois bem, além de ainda ser essencial obedecer as regras de enfrentamento à pandemia do Covid-19 e suas variantes, agora (mais do que antes) há necessidade de verificar se a água é propícia ou não para o banho. Fato que, infelizmente, continua aumentando de maneira exponencial a irresponsabilidade do ser humano para com seu único planeta habitável: o descarte inapropriado de resíduos sólidos na natureza.
Em 2019, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) divulgou 16 praias no litoral baiano que eram impróprias para banho, por conta de manchas de óleo que eles não souberam explicar a procedência. Hoje, ainda persiste a preocupação quanto à quantidade de resíduos contaminantes nos mares que se agravou com a pandemia. De acordo com a pesquisa realizada em 2021 por cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) e de Nanjing (China), cerca de 25 mil toneladas de resíduos plásticos, dentre eles luvas e máscaras descartáveis, foram jogados nas águas das quais é tirado o alimento e serve de lazer para muita gente. Considerando que tudo isso pode levar 3 ou 4 anos pra chegar nas praias ou no fundo do oceano, e que a prática de poluição das águas não é recente, constata-se que, embora atravesse uma era tecnológica, dentro de um sistema que busca sempre o melhor, o ser humano vive um ciclo vicioso, altamente prejudicial e que vai levar à falência do planeta.
Portanto, é notável que o descarte de resíduos sólidos adequado (incluindo coleta seletiva) em todo e qualquer ambiente, tratamentos de efluentes nas empresas devidamente fiscalizados, além de estações de tratamento de água e esgoto implantadas para atender a demanda local; são imprescindíveis para ter uma ação efetiva sobre a constante e desenfreada poluição das águas. Um grande contingente tem noção disso embora, não pratique e persista no erro em prol de beneficiar uma minoria. Por isso cabe a cada indivíduo e às grandes indústrias, assumirem sua responsabilidade com o planeta contribuindo com a sua manutenção e, desta forma despertando a responsabilidade coletiva dentro da sociedade na qual está inserido.
REFERÊNCIAS:
BAHIA, Mar. Inema divulga lista com praias contaminadas no litoral baiano. 10 Nov. 2019. Disponível em: https://www.marbahia.com.br/post/inema-divulga-lista-com-praias-contaminadas-no-litoral-baiano. Acesso em: 02 Fev. 2022.
ESTADO de Minas Ciência e Saúde. Pandemia da Covid-19 gerou 8 milhões de toneladas de
descartáveis. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/11/10/interna_ciencia,1321599/pandemia-da-
covid-19-gerou-8-milhoes-de-toneladas-de-descartaveis.shtml. Acesso em: 02 Fev. 2022.
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